Cansado de boatos e hoax na internet?

#tamojunto

E tem muita gente mais incomodada!

Pheme, um projeto europeu monitora notícias falsas que se alastram na internet e promete tentar entender como os boatos surgem, se proliferam e que impactos eles têm nas nossas vidas. Financiado pela União Europeia, o projeto é uma parceria entre duas universidades britânicas e uma alemã e promete um primeiro relatório já no final do ano e espero com ansiedade, afinal, Big Data é uma ciência interessante e que tenho acompanhado.

Lembram-se que nos paineis com minha curadoria no youPIX Festival 2014 convidei tanto o criador do hoax do Selton Melo no seriado Game of Thrones, Felipe Venetiglio, quanto a cientista e estudiosa de Big Data Rayssa Kullian? Os papos com eles foram incríveis!

Já o site brasileiro boatos.org, formado por um grupo de jornalistas, visa desmentir essas notícias e mostrar como essa farsa está sendo contada.

A ideia é simples, mas essencial para todos os usuários da internet. O site tem como objetivo esclarecer notícias que são disseminadas pelas redes sem qualquer trabalho de apuração e certeza de sua veracidade.

É verdade que boatos sobre a morte de alguém famoso, uma doença rara, tentativas de golpes ou mesmo brincadeiras “inocentes” já existiam muito antes de a internet surgir. Mas a verdade é que isso ganhou muita força com a internet e multiplicou-se exponencialmente com as redes sociais.

A todo momento histórias “incríveis” de outro locais do mundo, sugestões de configurações para se proteger nas redes sociais e outras balelas aparecem diariamente na tela dos nosso computadores, tablets e celulares.

Idealizador do Boatos, Edgard Matsuki  conta que, como jornalista de tecnologia no UOL e na EBC, se deparou com muitas histórias que, por mais inverossímeis que possam parecer, enganam muitas pessoas – os chamados hoax.

Nem tudo é inocente, muita gente age por pura maldade, sabem?
Quer saber como?

Sites como o Falsas Notícias funcionam como um gerador de artigos inventadas em que o usuário pode criar título e escolher imagem para gerar um link, divulgado no Facebook que, quando clicado, conduz a uma mensagem que revela que o usuário “caiu” em um trote.

Leia também o artigo de Camilo Rocha: Era do compartilhamento em massa cria ‘febre’ de notícias inventadas. (ilustração: Marcos Muller/Estadão)

Daí o valor de um espaço criado para compilar algumas destas mentiras que são contadas online. A intenção com o boatos.org é  prestar um serviço para o usuário da internet e aceita colaboradores.

Se você gosta de desmascarar balelas na web, não aguenta ver aquele seu amigo compartilhando uma informação mais falsa do que moeda de 2 reais e quer ajudar a internet a ser um lugar melhor para se viver, esta é sua chance. Veja como você pode colaborar:

  • Sugira conteúdo: a internet tem tantas mentiras que fica difícil de encontrar todas elas. Infelizmente, muitos hoaxes passam batido pela gente por puro desconhecimento. Sendo assim, se você encontrar aquela informação que tem dúvida que é verdadeira ou que tem certeza que é falsa, envie para a gente. É fácil, é só mandar o link do boato e, se tiver, o link do desmentido. Você pode ajudar a esclarecer se é boato.
  • Escreva para a gente: em breve, o Boatos.org vai abrir um espaço para conteúdo colaborativo. Se você gosta de escrever, envie um artigo para a gente. As regras são simples: tem ser um desmentido de uma informação falsa e tem que ter uma explicação suficiente de que a informação realmente é falsa. O site promete os créditos nos posts. Se você tiver um produto ou site, pode divulga-lo na página.
  • Divulgue em redes sociais. Grande parte da divulgação dos desmentidos dos hoaxes acontece em redes sociais. Se você encontrar alguém disseminando uma informação falsa no Facebook, Twitter ou outra rede social, vale divulgar o desmentido para esta pessoa. Se você tem uma página no Facebook, também vale divulgar os nossos textos. O site promete reciprocidade: se avisar do post, eles prometem compartilhar.